Disponibilizamos uma plataforma com o conteúdo de introdução à Terapia Neural. São vídeos que devem ser assistidos antes do início do curso e que abordam conceitos, formas de tratamento, sistema nervoso autônomo, campos de interferências neurais, biorregulação e Biopuntura.

O método original de Terapia Neural segundo Huneke constitui um sistema de saúde complexo por reunir os cinco atributos: base anatômica, base fisiológica, corpo doutrinário, sistema diagnóstico e prática terapêutica visando a biorregulação e o equilíbrio neurovegetativo em níveis, local segmentar ou sistemicamente. O nosso curso possui este enfoque clínico fiel ao método original, na sua concepção atual, com método e estratégias que se equiparam aos cursos europeus de referência na área.

Apesar da Terapia Neural utilizar como agentes neuralterapêuticos anestésicos locais sem vasoconstritores como a lidocaína e a procaína, as suas concentrações, em torno de 0,7%, promovem sutis alterações no potencial elétrico de repouso da membrana celular do tecido estimulado, favorecendo o restabelecimento dos ciclos de repolarização / despolarização da membrana, favorecendo a biorregulação de processos biológicos diversos, que induzem o reequilíbrio dos componentes simpáticos e parassimpáticos favorecendo o controle dos processos álgicos, inflamatórios, degenerativos, irritativos e outros, presentes na maioria das disfunções de órgãos e sistemas. Ao contrário, os bloqueios anestésicos utilizam anestésicos mais complexos e de maior peso, como a mepivacaína, bupivacaína e outros, que levam à hiperpolarização da membrana celular, bloqueio dos canais de sódio e, portanto, ao ato anestésico. Assim, a Terapia Neural induz a biorregulação e não produz efeitos anestésicos.

A procaína, principal agente neuralterapêutico, em contato com o tecido biológico, decompõe-se em dois compostos vitamínicos, o PABA (Ácido paraaminobenzóico) e DEAE (Dietilaminoetanol). O PABA é um elemento enzimático construtor do organismo classificado dentro das vitaminas do complexo B, presente em inúmeros processos celulares que favorecem ações terapêuticas diretamente nos tecidos neurais e na matriz extracelular. Já o DEAE, com colina e acetilcolina, tem o papel de acelerador da síntese de neurotransmissores.

Em diversos países, a Terapia Neural é uma prática integrativa de saúde. No Brasil, alguns grupos tentam se arvorar do domínio e controle da Terapia Neural, o que foge completamente da essência e natureza das práticas integrativas de saúde, as quais não possuem fronteiras corporativas. Por ser de recente abordagem no Brasil, ainda não é considerada uma prática integrativa pelo Ministério da Saúde, mas analogamente tem grandes similaridades com as técnicas de Acupuntura. O maior contingente de terapeutas neurais hoje no Brasil é composto por fisioterapeutas, seguidos por médicos, cirurgiões-dentistas e enfermeiros, mas com interesse de vários profissionais de outras áreas nos últimos anos.

Algumas intervenções de Terapia Neural são contraindicadas em pacientes com alterações da coagulabilidade sanguínea. A técnica é normalmente muito bem tolerada. Se seguidos os métodos a partir de treinamentos cuidadosos, não são observados efeitos colaterais. No curso são abordadas medidas para manter-se as doses terapêuticas seguras. Em 2019, o pesquisador alemão, Dr. Stephan Weinschenk publicou um estudo demonstrando a segurança e a não relação do agente neuralterapêutico com potencial alergenicidade. A técnica é bastante segura se seguidas as etapas de cada abordagem.

Sim, temos diversos fornecedores hoje no mercado nacional que fornecem insumos suficientes e de boa qualidade para a prática da Terapia Neural.

O sistema nervoso autônomo é o mediador de um grande números de funções biológicas, que vão desde a regulação da temperatura corporal, frequência cardíaca, pressão arterial, dilatação pupilar, funções sexuais, vasodilatação, vasoconstrição e muitas outras. A terapia neural permite identificar e tratar disfunções pelas vias simpáticas e parassimpaticas, acelerando a recuperação de doenças e disfunções.

Não são conhecidos conflitos assistenciais da Terapia Neural nos pacientes que recebam outras ações terapêuticas, sejam alopáticas, cirúrgicas, ou intervenções fisioterapêuticas mais conservadoras, contribuindo para uma resolução mais precoce a partir do reequilíbrio neurovegetativo nos diversos níveis.

Ao contrário, a TN agrega valor por sensibilizar os aspectos neurovegetativos interferentes nas patologias e disfunções inflamatórias, álgicas, degenerativas e irritativas, sendo uma via determinante na etiopatogenia de inúmeras disfunções, e se, devidamente estimulada, um caminho terapêutico viável para muito pacientes.